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(Armando Cabral)
A mais rigorosa geometria implica quase sempre a lapidação do acessório, do supérfluo e do inútil.
A imagem singular do homem despojado que usa os traçados e os cortes essenciais, limpos, seguros, de leitura imediata e prova de bom gosto, embora passsível de se considerar a antítese de uma vivência urbana que impulsiona o caos como regra quotidiana, é rara e susceptível de não ser reconhecida.
É, no entanto, a fórmula mais sóbria de inteligência. Aquela que usa a essência do mais límpido para delimitar o espaço incontornavelmente seu.
Este rigor, esta quase rigidez geometrizada, pode ser, também, uma defesa, armadura e protecção ou um dos refúgios da timidez e um tímido é um dos mais atraentes desafios que se deparam a uma rapariga esperta.