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Dizem à boca cheia que as cores do Verão 2009 são “definitivamente” e “de todo” o amarelo mostarda e o lilás dramático.
Com o amarelo mostarda posso eu bem. É fácil identificar a cor comparando-a com as nódoas que os meus sobrinhos trazem do McDonald's. Agora o lilás dramático é já qualquer coisa que me faz alguma confusão. Não sei exactamente ao que nos conduz o “dramático” que vem colado ao lilás.
Não é a primeira vez que leio nas revistas da especialidade referências a cores que seriam identificáveis de imediato se não viessem com apêndices que as limitam a determinadas emoções ou estados ou qualquer outra coisa parecida.
Já me encantei com a saia vermelho ópera, com o casaco azul emotivo e já tropecei com a carteira preto nostalgia.
Temos de admitir que desta forma uma rapariga fica alterada e acaba por fazer figura de imbecil (sofisticada, mas imbecil) quando entra numa loja “do melhor”, na Baixa, e declara a meio do atendimento que adora aquele fabuloso soutien de renda, mas que o prefere em branco entusiasmado ou, em alternativa, em azul melancólico.
Estas pequenas armadilhas podem fazer todo o sentido no linguarejar dos grandes costureiros, mas não são, de todo, práticas e arruínam a reputação de qualquer rapariga esperta que acaba por ser vista como uma totó oxigenada (ou loiro açucareiro) com a mania que é íntima do Dior.
Basta!
O mundo seria tão mais simples se não houvesse guerra e a única cor com prolongamento fosse o esverdedo caganeira!