Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
(Chanel – 2012)
Sufocantes de tão desejadas, logo a seguir aos diamantes (uns rapazes cintilantes de génio e de carbono) as pérolas são as melhores amigas e as mais discretas confidentes de todas as mulheres.
Para Chanel, em tons pastel e silhuetas frágeis, Peter Philips espalha-as nos cabelos como gotas dispersas de absoluta perfeição, mas empreende a mais deslumbrante das aventuras. Transforma-as em piercings.
São pérolas presas na pele, fechando a doçura da nuca, abotoando a leveza das costas despidas da mulher, calcorreando a superfície nua do corpo que se torna etéreo, vestido pelo Nada, portanto paradisíaco e único.
Não é aconselhável, minhas caras, andarmos a cravar nas costas, sobretudo sem régua e sem esquadro, pérolas a torto e a direito, mas não podemos deixar de sugerir a substituição do berloque metálico, que se mantém há demasiado tempo sobre a vossa sobrancelha, por esta redonda maravilha aclamada por Chanel e por Vermeer.