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Não é, felizmente, aquele cozinheiro com um sotaque desnecessário e turbante (também dispensável) que se dedica com afinco à publicidade a detergentes e a elaborar uma minuciosa ementa onde a qualidade, com um certo tom nouvelle cuisine, se sobrepõe à quantidade e me deixa, a mim, que sou uma provinciana pateta, com uma vontade muito pouco sofisticada de triturar trinta dos saudosos e tradicionais bolinhos de bacalhau da minha santa avó.
Mas, esquecendo o famigerado turbante, não posso deixar de me apaixonar pela solar presença do linho imaculado, pelo humor cortês e delicado da cor e dos padrões da camisa e da gravata, deste sumptuoso rapaz, que pode escapar a T. E. Lawrence, mas que transforma o desértico quotidiano de qualquer rapariga esperta, numa cavalgada avassaladora no dorso de um puro-sangue árabe ou numa das mil e uma noites em que não contamos histórias, porque estamos demasiado ocupadas a senti-las.