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A imagem mostrada não é, como parece evidente, actual. Terá algumas décadas de poeira e de passado que a tornam fascinante.
Surpreende pela inacreditável presença que possui, pela máscula beleza do protagonista e pelo facto de não divergir ou destoar de qualquer produção de moda deste instante.
O carácter cíclico, aqui bastante bem comprovado pela similitude existente entre duas épocas distintas e longínquas em termos temporais, em que se envolve o fenómeno ligado à inventividade dos criadores de imagem que inclui (neste caso, como nos outros) o vestuário, provoca necessariamente o espanto de nos vermos de súbito movidos e transportados pelo tempo e no tempo.
A criatividade, assim relativizada, deixa-nos um travo melancólico na alma e acaba por nos murmurar que, quando formos apenas o passado, haverá, vagueando algures numa rua, a memória do que somos.