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A Gaffe dá conta que anda demasiado solta.
Mike Pence, vice-presidente dos Estados Unidos, declara aos israelitas, num tweet, a solidariedade do seu país. A terminar mimoso faz surgir a bandeira americana ao lado da bandeira da Nicarágua.
Durante a cerimónia dos Óscares o filme vencedor na categoria de melhor filme é anunciado de modo errado causando constrangimentos na turba - embora a queda de Jennifer Lawerence numa das edições anteriores tenha sido mais convincente.
Se este segundo deslize foi claramente propositado, animando uma cerimónia que se vai arrastando penosamente aos pedaços e aos trapos, o primeiro chega a surpreender. Mike Pence não é um sósia de Trump. É um animal manhoso e muitíssimo mais experiente, manipulador e perigoso. Se confunde símbolos num tweet de treta é porque quem lhe vai actualizando as redes sociais não é o mesmo estratega que planeia a entrega das estatuetas hollywoodescas.
A Gaffe suspeita que o pobre servo americano que confundiu bandeiras em nome de Pence, venceu o mesmo Óscar de melhor filme que foi atribuído ao La La Land, mas que será mesmo assim obrigado a enfiá-lo no lugar que vemos quando alguém decide filmar um mooning.
A Gaffe aborrece-se quando se vê desperdiçada. É muito mais agradável esmiuçar as tolices de Trump, a gravata do Turmp, a cabeleira do Trump ou a assessora do Trump. Pelo menos sabemos que nos divertimos enquanto o homem vai riscando e assinando com marcador preto os atentados a Direitos consagrados.
A esquecermos qualquer coisinha, que seja uma que valha realmente a pena.
Ilustração - Ali Kiani Amin