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A Gaffe esbardalhada no carro, pronta a trucidar o mano que a faz esperar, ouve o discurso de Paula Teixeira da Cunha a escapar-se do rádio.
Sobressalta-se quando a senhora se refere a dois mil e treuuuuuze como o ano de viragem. Em dois mil e treuuuuuze a cruzada da recuperação foi posta em marcha.
Troca o pasmo pela perplexidade quando ouve a ex-ministra sublinhar, indignada com o rumo que isto leva, que a maioria dos portugueses votaram nos amigos dela e não nos crocodilos comunistas.
À noite, já com o mano em casa, a Gaffe ouve e desta vez também vê, Álvaro Castello-Branco, que parece ter surgido da galeria de personagens mais anémicas de Eça de Queirós, a referir também que a maioria dos portugueses votaram na coligação e não nos crocodilos comunistas.
A Gaffe acaba finalmente a compreender!
Se é assim tão difícil para a direita portuguesa fazer acordos bem simples, é natural que se surpreenda assistindo ao acordo da esquerda que é bem mais complicado. Não é em treuuuuze dias de governo - mais coisa, menos coisa - que se consegue admitir que a maioria dos portugueses votaram numa Assembleia canhota.