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O rapagão aproximou-se tímido. Trazia um blusão com as cores de Portugal, gorro enfiado na cabeça e um martelo pendurada à cinta.
Tememos o pior.
A minha irmã ergueu a sobrancelha (modo subtil de mostrar receio) e o meu irmão desviou o olhar (modo descarado de revelar fastio).
- A menina é a Maria João Bastos, não é?! – Sorriu o moçoilo todo corado, de mãos enroladas na vergonha, procurando captar o olhar da rapariga.
A minha irmã voltou a cabeça de repente. Olhos esgazeados, salivando gozo.
- Sou, mas viajo incógnita. – Cochichou maldosa.
Cravou-lhe um autógrafo no braço com a esferográfica (brava esferográfica!) do rapaz do bar.
- Quem é a Maria João Bastos?! – Bisbilhota, depois daquele orgasmo gráfico, o meu irmão, afastado irreversivelmente do Star System planetário.
- Acredita que não importa. A única coisa que tens de saber é que se a confundem comigo, a mulher é deslumbrante!
Volta-se para o rio e enche-o de cristais de gargalhadas.
A vida é tão mais simples na província!