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Rapazes, se não possuís estrutura óssea digna de registo nos anais do MET e massa muscular de nos fazes saltar barreiras e bater recordes olímpicos em salto em altura e comprimento; se não conseguis preencher o queixo com uma rasa camada de aço negro e não existe no vosso brilhar dos olhos esta indefinição mateira e este convite subliminado e de índole muito pouco reservada; se ocupais o tempo a imitar o Ken, depilando o corpo de forma exaustiva, fazendo com que pensemos que dormimos com a Barbie - afinal, no centro do universo os dois são muito iguais - omiti este allure de fazer esquecer depressões e recessões a qualquer rapariga esperta - sobretudo se for ruiva. As ruivas não resistem a bravos matulões desbravados, repletos de rasgões estrategicamente pensados e redesenhados para nos oferecer um ar de quem acaba de sofrer agruras.
Todas as raparigas - incluindo as pias catequistas de província e as bibliotecárias que calçam monk strap - fantasiam, de modo a fazer corar as avós, com rapagões que parecem ter passado pelas passas do Algarve - não sendo obrigatório cingirmo-nos apenas a esta província - com o sorriso maroto de quem lambeu um chupa-chupa à revelia de quem cuida da dentição desde petizes.
Apetece-nos sempre surripiar, ainda que por escassos minutos, o tal chupa-chupa e enfiar o dedinho em todos os buraquinhos.
Esperamos sempre que por entre as malhas fugidas os nossos dedos encontrem o fio que tece as redes dos Impérios que só nós conhecemos.