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É cansativo a Gaffe ter de repetir o quanto gosta de rapagões com barba.
No entanto, já é novo fazer notar que para ostentar uma pilosidade facial que comove de tão atraente e nos deixa de joelhos e a agradecer aos deuses a possibilidade de enlouquecermos sem qualquer réstia de pudor, urge obedecer a determinadas condições que, contrariadas, nos plantam na frente um troglodita macabro ou, na melhor das hipóteses, o Professor Pinto da Costa.
A nuca peluda
Nenhuma barba resiste ao nosso escrutínio quando parece dar a volta ao pescoço. A barba tem se impor, solitária e nobre, anulando a adversidade. Não pode parecer que tem um armazém de pêlos logo atrás da montra.
Pêlos nas orelhas
Permitidos aos senhores que ficam muito irritados nas noites de lua cheia e interditos aos restantes que nas noites da dita nos levam a ver o mar ou a jantar em Paris com vista para o Sena. A barba não começa nos pavilhões auriculares. Nada começa aí, a não ser a vontade de nos obedecer.
Pêlos no nariz
Uma barba que traz apenso um bigode que se introduz nas asas do nariz, apenas nos lembra a brisa dos Verões mais amenos porque nos faz ficar sempre à espera de ver por ali sair os grilos que ali se escondem.
Sobrancelhas Álvaro Cunhal.
Não é de todo aconselhável usar umas idênticas às do Cristiano Ronaldo ou a do travesti do quinto esquerdo, mas é simpático que não as consigam pentear até ao infeliz encontro com os pêlos que enfeitam a nuca.
São algumas das mais básicas premissas que um qualquer barbeiro que se preze se encarregará de cumprir.
Ignorá-las é facilitar o coreografo dos desfiles de Carnaval de uma mimosa aldeia portuguesa e inundar de luar o tal homenzinho que se irrita.