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O nome dos outros em mim como tatuadas gentilezas. Na minha alma nua a morrer de frio consigo ler o nome dos outros a pena escritos ou desenhados ténues ou indeléveis brotando da macia superfície. Como se a cada nome fosse entregue um espaço meu, da minha alma nua que treme precipitada pelo frio. Como se a minha memória fosse este lugar despido e nada mais houvesse a não ser o risco que cada nome na minha alma nua faz, florindo a pele.
De todos os nomes na minha alma fria aquele que eu consumo, gasto, esbato, diminuo, adoço e esmaeço, tem a cor do afago e no lado esquerdo de todos os sentidos, o teu nome, avô, vai devagar pousar no coração.