Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Nunca entendemos os outros de forma límpida. Perdemos sempre a claridade ou a penumbra que existe no que dizem, no que são e no que sonham.
A proximidade faz-nos falta. Talvez nos compreendêssemos melhor se nos olhássemos nos olhos com mais frequência.
Creio que para vivermos o que quer que seja temos de passar por quatro etapas:
1. - Saber que existe aquilo ou aqueles que desejamos viver;
2. - Conhecer (ou até vislumbrar apenas) os desejados;
3. - Tocar-lhes, falar-lhes, senti-los, ouvi-los;
4. - Ser e de uma maneira ou de outra transformarmo-nos naquilo ou naqueles que queremos nossos.
Sem uma destas fases, os outros ficam-nos imperfeitos, apesar de ninguém ser indiferente a uma montanha pousada subitamente no nosso espaço.
Saber que existem é já um universo inteiro que se abre, mas aqui saber não é o mesmo que conhecer.
A proximidade é sentir que vale a pena tudo, mesmo o mais sonhado, o mais idiota, o impossível.
Poder ser aquilo que eles são! Aproximarmo-nos até esse ponto da Alma dentro dos seus peitos é tão difícil!
Há sempre gigantes parecidos com a lua: apagam-se as estrelas perto deles.