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Adolfo Dominguez é um dos mais prestigiados criadores de trapos capaz de produzir fortunas com peças suficientemente básicas e inteligentes que acabam a agradar a públicos diversos. Embora não seja - nem de longe, nem de perto -, um dos meus favoritos, é responsável por uma campanha admirável que visa a valorização da idade, a durabilidade, a qualidade e a longevidade - das peças e das pessoas.
O elogio da velhice, a promoção da sabedoria que advém da experiência e da capacidade de racionalizar - e relativizar -, o que se consome, está aliada ao enaltecimento daqueles que ostentam orgulhosamente as cãs que entregam o charme e a beleza inconfundível a quem sabe envelhecer.
É lógico que a campanha teve em consideração o facto de vivermos num planeta habitado por gente cada vez mais velha e necessariamente alvo de maior atenção dos publicitários ao serviço do consumo, mas é também verdade que a ainda lenta valorização do envelhecimento assumido sem artifícios, nos vai mostrado a extraordinária beleza das mulheres e dos homens que se vão afastando do ideal de excelência que entroniza a juventude, que lhe entrega a única e derradeira forma de se ser perfeito.
Cada um destes velhos nos prova, em todos os momentos, que envelhecer é somente uma outra forma de se ser magnífico.