Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
É extraordinariamente difícil para um rapaz aguentar, impune, as calças cuja cintura descaída se alia ao um cós profundo, avantajado e quase infinito.
Não há paciência para tanto pano e para as inevitáveis suposições escatológicas que são permitidas pelas fraldas que parece estar a usar.
A absoluta necessidade de se possuir um corpanzil digno de registo e a urgência de se estar guarnecido de umas pernas com comprimento assinalável, obriga a cuidados acrescidos quando se escolhe este desenho.
A ousadia, na ausência do apoio físico requerido, torna-se inconsciente e tonta, fazendo crer que vos deslocais, rapazes, apenas com a parte superior do corpo. Tendo em conta que quem esta escolha faz, sem grandes pernas para o salto, não tem cérebro, concluímos rapidamente que apenas se move o vosso tronco. Um tronco que se mexe pode ser agradável em várias circunstâncias, mas confesso que assusta quando o vemos na rua, com dois pés.
O problema complica-se imenso quando a inexistência de cérebro se reflecte na escolha dos complementos para esta peça. A harmonia do conjunto é embargada com uma agilidade inesperada e torna-se desesperante ver entrar pelos nossos olhos sacos largos de variadíssimas texturas, tramas e padrões, contendo pouca coisa susceptível de figurar no nosso repositório principal.
- O ideal não anda sem ter pernas - diria Chanel se cá estivesse.
- Sem pernas, o ideal é não tentar andar - digo eu que sou da aldeia.