Esta Europa ultra-liberal esqueceu-se da sua História e dos pilares em que foi criada. Transformou-se numa plutocracia e quem não tem dinheiro "cala e come". Portugal é um exemplo claro disso.
A Grécia, por seu turno, deu uma grande lição de democracia ao mundo ao optar pelo referendo. Deu o poder de decisão ao seu povo. E eu aplaudo de pé!
De Gaffe a 28.06.2015 às 18:53
Minha querida,
Estamos numa era de pós-democracia. Não há nada que possa ser decidido pelo povo.
Lamento que pense assim.
Eu continuo a achar que tudo deve ser decidido pelo povo.
De Gaffe a 28.06.2015 às 20:45
Não lamente.
Nunca disse que discordava de si.
De Ipsis Verbis a 28.06.2015 às 23:48
O Governo Grego, prometeu, prometeu e acabou enganando seu povo. Com entradas de leão e saídas de sendeiro, tem a atitude mais que vergonhosa de querer livrar-se de responsabilidades. Ao convocar o referendo mais não pretende o governo grego do que, covardemente, responsabilizar o seu povo da desgraça que próprio governo criou.
Foge esbaforido gritando: eles que decidam, eles que decidam... o problema é deles, do povo!
Pobre democracia, pobre povo que acolhe tamanhos vendilhões do templo
De Gaffe a 29.06.2015 às 00:57
Nada do que diz contradiz o que digo. Acrescenta-lhe alguns dados.
De João Carlos Reis a 29.06.2015 às 07:47
Prezado Ipsis Verbis,
«O Governo Grego, prometeu, prometeu e acabou enganando seu povo.»??? Como??? Tanto quanto sei, e ao contrário do nosso actual governo, que prometeu certas e determinadas coisas antes das eleições e depois fez tábua rasa delas sem dar explicação nenhuma nem pedir desculpas, eles estão a tentar cumprir o que prometeram ao seu eleitorado. Tanto que ainda têm tido manifestações de apoio por parte do povo.
Não equivale isto a dizer que concorde exactamente com tudo o que o governo grego está a fazer, mas pelo menos resistiram à "troika" (que não estava habituada a tal e, como tal, mandavam e desmandavam), algo que o nosso subserviente governo nunca fez... com os resultados que infelizmente se conhecem...
De Makiavel a 29.06.2015 às 10:03
Este seu comentário já estava escrito e pronto a ser publicado muito antes dos resultados, não é verdade? É que o seu conteúdo, tirando uma ou outra observação, aplica-se mais à situação de a Grécia aceitar as condições dos credores do que ao que realmente está a acontecer.
- Se Tsipras fizesse finca-pé, seria acusado de levar a Grécia à bancarrota;
- Se Tsipras aceitasse as condições dos credores, seria acusado de entradas de leão, saídas de sendeiro;
- Como foi convocado um referendo, coisa estranha e não prevista, os comentários ficaram sem pé. Até Christinne Lagarde se agarra a formalismos acerca do prazo de validade da extensão do resgate para bombardear a decisão grega.
Vergonha é a classe política gastar o que não deve e depois sujeitar os cidadãos a medidas asfixiantes para agradar aos outros.
O que o Governo grego pergunta aos cidadãos é se concordam com as condições que lhes são impostas. E isso não tem mal nenhum.
quando se passa uma vida à procura de soluções, talvez o zénite seja o momento em que o ser se depara consigo ao dizer nunca tive tantas dúvidas como agora, sobre tudo.
podia apenas referir a expressão que me ocorreu para comentar este post, foto incluída, ao contrário de penélope, dizer que ouvi na faculdade a propósito não sei do quê.
quando a europa universitária do erasmus confluía consigo e comigo tive uma namorada grega depois de uma espanhola.
e é a galega que continua por aí, horas a fio, ao fim de tantos anos, juros e juízos de valor acumulados.
Quien tiene la llave maestra
Que cierre la puerta a las decepciones
Y dónde esta el mapa secreto
Que lleve al camino de las soluciones
Si tú y yo estamos solos
En este huracán que da vueltas y vueltas
Unidos podemos saltar.
Si la vida, te aprieta,
No olvides decirle a tu alma que puedes por ella,
Si aprieta,
Lo sientes que vamos a hacer lo que un día te dijo que fuera,
La vida, no es todo un camino de rosas para quien le duela,
Si aprieta, si aprieta, si aprieta, si aprieta,
Si aprieta, si aprieta, si aprieta, si aprieta.
De Gaffe a 28.06.2015 às 22:55
Sempre gostei de Espanha!
De Ricardo Sousa a 28.06.2015 às 21:55
Como dizemos em Portugal, "cá se fazem, cá se pagam"...a Grécia esqueceu-se da segunda parte. Um país que sempre esteve na cauda europeia, falsificou dados para entrar na moeda única, deu-se a luxos de país rico (construção de um aeroporto enquanto os países ditos ricos, requalificavam os aeroportos já existentes; Jogos Olímpicos que como recordação deixaram infra-estruturas abandonadas, etc ) viveu um sonho e nos últimos anos tem acordado para a realidade.
Em vez de se culpar o neo liberalismo, os interesses do capital (porque da esquerda à direita é o capital que manda) e os países que emprestam dinheiro (com juros, como é óbvio), não seria de mau tom a Grécia assumir as suas responsabilidades e, em vez de agir como uma criança com ideias que na prática não são exequíveis (prometer um aumento do salário em plena crise...), tentar acabar com a corrupção no país, e finalmente controlar as suas contas públicas.
Os gregos, bem como os portugueses, deviam era pedir contas e respostas aos seus políticos (cá em portugal são sempre culpados ou inocentes de acordo com as nossas cores partidárias), deixarem de se iludir com as grandes obras públicas que são inúteis (auto-estradas onde quase não passam carros, barragens que produzem electricidade que o país não necessita, planos para TGV num país tão pequeno,...) e aplaudirem o rigor das contas, mesmo que isso implique viver no mundo real.
De Gaffe a 28.06.2015 às 22:54
Após o caos, se os deixassem respirar talvez se conseguisse.
Ordo ab chao.
De Fernando a 29.06.2015 às 02:34
A Gaffe Grega é igual à Gaffe Portuguesa
O povo deixou que os vendilhões (os partidos auto proclamados como "O arco da governação") permanecessem no templo e vivessem acima, não só das suas posses, como muito acima das posses do país.
Sócrates, 470 a.C./399 a.C. disse: "entre todas as ditaduras, a democracia é a menos penosa para o povo" e serão os seus "descendentes" que iram mostrar que a Europa é tudo menos democrática.
De Diktaκρατία a 29.06.2015 às 18:22
Diktaκρατία -> 1ª. metade do alemão; 2ª. metade do grego.Em minha opinião, esta palavra (que não existe) significa o que a U. E. (leia-se alemanha e seus aliados) estão a fazer à Grécia. Como é possível que a população europeia se reveja nas políticas destes governantes. Não acredito que quem trabalha e falo de todos os que trabalham e dos que não trabalham porque não têm trabalho, mesmo excluindo os que executam altos cargos de chefias e de direcção [porque esses normalmente andam atrás dos prémios de produção (que não chegam à base da pirâmide das empresas), do posto de chefia e de direcção, mais acima tendo-se tornado eles próprios em parasitas sádicos do trabalho dos subordinados], que concorda com as políticas seguidas pelos nossos governantes. Depois, admiram-se de os nossos jovens que com tanto custo os pais lhes deram tudo o que puderam e o país tanto gastou na sua instrução, emigrarem e pior ainda fugirem para lutar ao lado do estado islâmico. Eu acho que precisamos de nos unir, procurar gente séria e honesta, que nos conduza por caminhos de fraternidade e solidariedade. Senhores governantes tomem atenção: Não Faças Mal Ao Teu Vizinho, Que O Teu Vem Pelo Caminho.
De Gaffe a 29.06.2015 às 19:17
Suspeito que se começar pelo lodo da política europeia - e basta este - na busca de um homem honesto terá de empunhara lamparina do cínico Diógenes.
De Diktaκρατία a 01.07.2015 às 19:14
Pois. Mas isso era na antiguidade, porque talvez nessa altura talvez se conseguisse encontrar um homem honesto com uma lamparina. Nos nossos dias, não sei se com um holofote dos mais potentes, se conseguirá encontrar um. Vemos pelos noticiários, o que se passa no mundo. Assim, repentinamente, não me lembro de um país, que não tenha ou não tenha tido, problemas de corrupção, nas mais altas esferas de governação (poderes centrais e poderes locais).
De Gaffe a 01.07.2015 às 20:06
Apesar de tudo, os nórdicos são mais contidos.
De Diktaκρατία a 03.07.2015 às 00:41
Sim, é verdade.