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Levada pela onda mais íntima, mais intimista e mais subtil, recordo-vos, rapazes, que nunca é anacrónico o uso da singlet branca, tão vintage, sob uma camisa imaculada, fleumaticamente clássica, presa nas calças irrepreensíveis onde a ausência propositada de cinto nos faz acreditar que, nos elevadores, rasgais à dentada todo o conjunto para fazer surgir super-heróis.
Não é uma actualização de Donald Draper - quem o quer actualizado?! -, mas inicia um processo bastante curioso nas nossas almas felinas e faz-nos desejar com ardor colaborar nas dentadas.
Pode não ser, não tem que ser, parte dos universos anunciados nos desfiles de futuras estações, à espera que surja no final o criador agradecendo com vénias estudadas, mas quem se importa?!
Há elementos que permanecem intemporais quando se fala de beleza, de elegância e de inteligência e, recordo-vos, a sensualidade pode ser apanágio de qualquer colecção iluminada, mas a ilícita volúpia que se esconde nas sombras daquilo que se torna sensual, não é passível de ser reproduzida em plástico ou reconstruída pela ideia criadora.
Encontramo-la apenas, de surpresa, brutal e avassaladora, num canto qualquer das nossas vidas.
Na foto - Grief por Erwin Olaf