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Nos corpos há lugares de eleição, assim como os há já renegados, malditos e proscritos.
Há pequenos vértices, esquinas escondidas, vão das escadas dos músculos e dos pêlos, vagos triângulos, circulares caminhos de repente, esconjuradas marcas, sinais de lume, estradas de paciência por onde passam dedos, nervosas praças e largas avenidas, ramificadas veias de suor, pilares erguidos a sustentar mais sonhos, punhais e violinos, tangos argentinos dançados nos salões onde só há valsas.
No teu corpo há um lugar secreto.
Quando as duas clavículas desistem e onde um sulco se constrói, onde espraiados os dedos se desviam e se escondem no curvar subtil do osso que começa. No cavo pequenino e com sabor a sal, a mel e a gota de suor do mais secreto.
No berço de todo o teu pescoço, há um lugar só meu, se tu quiseres.