De Gaffe a 03.02.2017 às 13:14
Quero, sinceramente, pedir desculpa à dona de um comentário feito a propósito deste post que por inépcia minha foi lido de forma literal.
Tentei de imediato corrigir a minha leviandade, acrescentando informação em falta ao conteúdo do que disse.
O comentário em causa, amável e solidário, foi retirado apenas por uma razão. Era sério e honesto e não se coadunava com a tolice irresponsável do post.
De M.J. a 03.02.2017 às 13:51
Confesso que por momentos ate eu tive dúvidas
De Gaffe a 03.02.2017 às 14:08
Uma imbecilidade minha pela qual peço desculpa.
Mereceu um comentário que apreciei, que me deixou comovida e que me fez sentir uma idiota.
No entanto, a adopção, desta vez a adopção real, passou a estar dentro dos meus planos a curtíssimo prazo. Tenho de - mais uma vez -, lutar contra todas as marés e contra todos os anticorpos, opiniões, circunstâncias e contextos, mas já consegui que cedessem um bocadinho e que já sejam capazes de formular uma condição: tem de ser um rapaz.
("A rapariga já existe. Não voltes a complicar o que sempre foi simples")
Peço desculpa pela intromissão mas se percebi bem estás mesmo a considerar a hipótese de adotar um menino ?
Se já te admirava antes agora passo a admirar - te muito mais.
Adotar uma criança é dos atos mais altruístas que o ser humano pode ter. Como já te vou conhecendo um bocadinho, esta tua resolução não me surpreende.
Já te tinha dito antes que darias uma excelente mãe e mantenho o que disse com redobrada convicção. Verás que o tempo me dará razão.
Quanto ao Gui, estou desejosa de o ver por aqui. Compreendo (melhor do que possas pensar) meninos que trazem lápis de cor nos olhos. São os que dão mais trabalho e por isso nos tornam pessoas (melhores) diferentes .
Acho que nos vamos dar bem, eu e o Gui pois normalmente a gente pequena simpatiza comigo. Às vezes a gente grande também mas tem dias .
;)
De Gaffe a 03.02.2017 às 18:25
Nem sempre tive como certa a hipótese de adopção. Coloquei-a de parte sem apelo bem agravo durante vários anos. Creio que desde que soube que não seria mãe.
Há cerca de um ano, aproximadamente, a hipótese voltou a ser equacionada, mas apenas porque sei que o rapagão gostava de ser pai. Essa razão impediu-me de pensar no assunto. Não adopto apenas porque quem está perto de mim assim o quer.
Mais recentemente percebi que, aconteça o que acontecer, quem está comigo permanece e não hesita em abdicar da paternidade se essa for a condição para me acompanhar.
Provavelmente nem será este rapagão e não faço opções deste calibre em nome de ninguém.
Lentamente, muito lentamente, a hipótese voltou sem ninguém saber.
É evidente que os valores mais altos se "alevantaram" quando foi expressa de modo audível.
Mas sempre fui uma doida teimosa e muitas vezes deixo de me sentir obrigada a cumprir normas e perceitos e convenções e tradições.
Pelo menos já admitem a possibilidade, desde que seja um rapaz.
(O Gui, este daqui, vai aparecer não tarda.)
:)
A maternidade assusta mas posso garantir - te que é das coisas mais bonitas que te vão acontecer.
Muda - nos por dentro mas para bom, para muito bom.
Claro que tem dias maus mas até esses (depois de passados) se tornam em lembranças boas.
Fui mãe por opção.Num tempo escolhido por mim porque EU assim o determinei. Fazia parte do meu plano de vida embora quando comecei a trabalhar na coisa não pensasse engravidar logo. Quis o destino que a coisa se desse na primeira tentativa.
Tive medo...fiquei zangada quando vi o corpo a mudar...assustada quando ela mexia 24/24h sem dar descanso...pensei muitas vezes se estava à altura da tarefa que me esperava.
Ela nasceu e vivi durante quatro anos o período mais feliz da minha vida.
Hoje ,14 anos depois, olho para ela com admiração e penso : como é que consegui fazer isto?
A minha filha preenche todos os dias a árvore da minha vida com as folhas mais bonitas do mundo .
Verás que contigo acontecerá o mesmo.
;)
De Gaffe a 03.02.2017 às 20:58
Por muito que faça - e não faço nada - não vou ver o corpo a mudar (não vai mudar por causa de uma gravidez) nem vou ficar assustada quando o bebé se mexer 24/24h dentro do útero, sem dar descanso.
Não vou engravidar, minha querida. Vamos ultrapassar essa fase.
:)
Coisas do fado e do destino.
Sabias que em termos imunológicos a gravidez pode ser considerada uma infecção?
Eu percebi. ;)
(Apenas quis partilhar contigo um bocadinho da minha experiência)
Acho que já te disse isto mas repito: ser mãe não é só gerar biologicamente . (Ficarias surpreendida com a quantidade de mulheres que geraram e pariram mas que de mães têm zero)
Ser mãe é muito mais que isso: é cuidar, é amar, é deixar que aquele ser nos preencha enquanto pessoa e partilhar com ele tudo o que temos. Nisso, minha amiga, terás com certeza nota 20.
Como saltarás a parte "imunológica" da coisa , esse menino terá o privilégio de ter a MÃE a 100%.
;)
De Gaffe a 03.02.2017 às 21:40
Vamos esperar.
Passei todos estes anos sem sequer pensar nisto. Nada que se relacionasse com a maternidade me dizia fosse o que fosse. Creio que ainda me diz demasiado pouco para tomar uma decisão segura.
:)
Vamos racionalizar o assunto. Dou-me muito bem com a racionalização do que me parece demasiado complexo.
Faz isso.
Leva o tempo que for preciso,o TEU tempo.
Tenho a certeza que saberás quando será o momento certo. Entretanto terás o Gui para ...estagiar.
;)*
De Gaffe a 03.02.2017 às 23:25
Isso.
Vamos deixar o assunto a "marinar".
:)
Vamos lá ver o que nos diz o Gui.
De Corvo a 03.02.2017 às 18:28
Não vi imbecilidade nenhuma.
Não diz no final do post, "O Gui é ruivo e é apenas uma personagem inventada que vai viver aqui." E antes: "O Gui só gosta do Natal, porque é no Natal que se esquecem dele."
Que mais é preciso para interpretar o texto correctamente?
Vi o post pela manhã e compreendi perfeitamente do que se tratava. Só não comentei por dois motivos.
Primeiro porque não se coadunava com os textos que gosto de comentar, e segundo porque palpitava-me que me ia divertir com o seguimento, como efectivamente não me enganei.
:)
De Gaffe a 03.02.2017 às 18:40
Foram acrescentos que fui fazendo. O texto inicial permitia o que sucedeu.
Seja como for, está esclarecido. O comentário foi evitado apenas porque não fazia sentido neste contexto, apenas por isso, mas era simpático, parecia sincero e, confesso, mesmo muito inesperado.
O importante é tudo ter ficado claro.
De Corvo a 03.02.2017 às 19:00
Não me recordo dos acrescentos, como lhe disse vi o post pela manhã e prevendo o seguimento, Voltei agora.
O que não tenho dúvidas é disto:
"Não é um projecto original. Foi maravilhosamente inventado por Luís de Sttau Monteiro e perfilhado com perícia por um amigo que agora mo entrega com a promessa de me ajudar a cuidar do petiz quando a traquinice me arrasar os nervos."
Onde subsiste a menor dúvida de erro de interpretação?
Primeiro "não é um projecto original." Logo passa a ser um projecto inspirado.
Segundo "Foi maravilhosamente inventado por Luís de Sttau Monteiro e perfilhado com perícia por um amigo." Logo é uma personagem criada por um e trabalhada com perícia por outro.
Confesso que por vezes os seus textos obrigam-me a um cuidada interpretação, mas neste só não compreende quem não quer, ou está obcecad..a por lhe soltar a matilha.
:)
De Gaffe a 03.02.2017 às 20:51
O assunto está encerrado, não é?
Ficou tudo esclarecido. Não vamos acrescentar nada mais que valha a pena.
:)*
De Gaffe a 04.02.2017 às 17:53
Admiro-lhe a sábia experiência, meu caro Corvo!
Como tinha razão!
Acaba de me ser enviado um print que torna o comentário que considerei simpático num amontoado de hipocrisia beata e o transforma em patética tentativa de intromissão toda florida, para além de o tornar imbecil.
Tenho de o ouvir mais vezes, meu caro.
De Corvo a 05.02.2017 às 10:44
Experiência do mundo cara Gaffe.
E do mundo feminino, exponencial.
Não há fúria maior no Inferno do que o ódio de uma mulher despeitada.
De Gaffe a 05.02.2017 às 11:52
Creio que também se deve ao facto de ter acordado deste período de repouso intensivo muito benemérita. Entreguei por instantes o benefício da dúvida "àquilo". Fui demasiado magnânima e afastei-me um bocadinho da postura da rainha Vitória que sempre me inspirou em relação ao assunto: "aquilo não existe".
A verdade é que nunca me lembrei de "brincar" com a adopção. Repare que digo "lembrei". Se consideresse o assunto digno de caricatura - provavelmente também o é, mas nunca me interessou esse desenho - não hesitaria. É evidente que criava um problema ao Charlie que todos temos dentro - às vezes adoptado - que só levanta o bracinho com o papelinho vermelho a dizer que está ali apenas quando se trata do profeta.
De Corvo a 05.02.2017 às 13:36
Olhe Gaffe.
Tem toda a razão no que diz, mas se me quiser ouvir aconselhava-a a parar.
Há quatro coisas impossíveis à natureza humana.
Convencer o predador a parar, deter o vulcão, impedir a torrente e (esta a mais impossível de todas) inculcar razão a um louco.
Isto porque, não há arma mais letal do que um doido com um motivo.
De Gaffe a 05.02.2017 às 16:16
Mas repare que só fiz este movimento!
A minha avó, sapientíssima também, dizia - Os tolos também se internam. Nos casos mais cavalares também se "abatem".
De Corvo a 05.02.2017 às 16:45
Reparei pois! Só um movimento. Aliás, só um movimentozinho de nada.
:)
Mas, que quer? Há pessoas que num simples e quase despercebido movimento de enxotar uma mosca inoportuna vêem logo uma manifestação revolucionária em curso.
Feitios. :)
De Gaffe a 05.02.2017 às 17:53
Os psiquiatras da velha guarda chamavam-lhes histéricas.
O seu comentário é uma delícia e tem mesmo uma cereja no topo
De Rapunzel a 04.02.2017 às 18:54
Querida Gaffe,
Antes deste rabisco escrevi outros dois muito pessoais e sinceros que preferia que não publicasse. Quando os escrevi senti que não me importava de partilhar na blogosfera uma parte muito íntima de mim e do meu filhote. Fiquei muito sensibilizada com o seu post por achar o Gui tão familiar. Tenho imenso prazer de partilhar consigo, como já tinha prometido, parte da minha identidade. Mas tenho de reconhecer que os assuntos que me são muito queridos e privados, poderem ser lidos por pessoas de fraco carácter me incomoda imenso. Só tomei consciência disso quando vi o seu mais recente comentário para o Corvo.
Obrigada.
:)
De Gaffe a 04.02.2017 às 19:23
Não se preocupe. Estão salvaguardados. São os dois magníficos e percebi de imediato que devia esperar por si para os publicar. São realmente intimistas e pertencem a uma reserva que se aberta é de imediato distorcida e aproveitada de modo insidioso e bacoco.
Apesar de os manter longe, como me parece que requer e como penso ser melhor, seria muito interessante continuarmos a conversar. Podemos sempre encriptar ligeiramente o que dizemos. Normalmente a perfidia e a hipocrisia compreendem apenas o que de mais básico e pobre existe.
De Rapunzel a 04.02.2017 às 20:26
Claro que sim! Combinadérrimo!!!
Tive imenso prazer em escrever esses dois rascunhos para si. E não me arrependo nada. Mas só mais tarde percebi, que eram exclusivamente para si.
Muito obrigada.
:))))
De Gaffe a 04.02.2017 às 22:24
Tive imenso prazer em resguardar o que é apenas seu, mas que teve a gentileza de partilhar comigo.
Não se preocupe. Eu tinha percebido que os devia proteger.