A menina põe-se a dar conselhos profundos, mas esquece-se que conselhos de tal intensidade não chega o vê se me apanhas: ou por outra, corro, portanto apanha-me. Há que especificar, esmiuçar o assunto e ir aos pormenores, que, no fundo, são os que alcançam a meta. Portanto corram sim, mas pouco e muito devagarinho, e sobretudo não se afastem muito. Vamos supor que uma sua leitora lê isto e decide pôr em prática. Ah, a Gaffe disse para correr portanto há que dar velocidade à coisa. E se, por acaso, é uma blogger fanática do running, o que só admira o inverso, e dispara que o rapaz, vamos supor também, é um rapaz calmo e ponderado que a maior corrida que deu na vida dele foi no trânsito a fugir à polícia, e consequentemente não tem fôlego para ela? Hã? Aí se estraga um destino que tinha tudo para ser promissor e por carência de prolixidade retórica da menina Gaffe, lamentavelmente naufragou.