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É certo e sabido que o desporto produz fotos excelentes que nos regalam os olhos e nos deixam a salivar.
É tudo tão bonito (em todos os sentidos e formatos) que se torna difícil escolher uma imagem que mereça destaque. Ficamos sideradas com tudo aquilo que vemos mergulhar, esbracejar, correr e saltar, pular e rodopiar no estádios, rampas ou piscinas. Um corrupio nunca visto tão juntinho de grandes e valentes rapagões.
Um fotógrafo, se quiser ser mais original, não se pode limitar a captar as imagens que todos os outros coleguinhas facilmente apanharam já também. É apontar a objectiva para qualquer lado onde se agitam os atletas e rapidamente se faz uma brilhante fotografia de nos fazer levantar do sofá com as pernas tortas ou flectidas.
Exactamente por isto, escolhi uma de Rhys Howden. Não sei quem foi o responsável pela imagem, mas a verdade é que o pólo aquático fica muito mais interessante com este rapaz na equipa australiana.
Apesar de não o favorecer muito e da presente e reduzida reprodução não fazer justiça ao ar malandro do rosto atleta, a fotografia, mostrando-o no momento que antecede a entrada em competição, é um achado e consegue captar a expressão quase irónica de quem se sabe observado e gosta de se sentir olhado sem o reconhecer de forma aberta.
As texturas que o envolvem são incríveis e a luz faz delas um cenário próximo daqueles onde (fala o estereótipo) se moviam os gladiadores antes da entrada na arena para o confronto com os outros leões.
Não é o repouso do guerreiro. É o momento exacto que antecede a luta e apesar de poder escapar facilmente do catálogo que reúne as fotos habituais neste tipo de evento, é sem sombra de dúvida uma fotografia olímpica de um semideus que espera medalhas.